
De forma bem clara e objetiva, a assessora abordou o estudo seguindo três grandes temas: 1º) Juventude ou juventudes? 2º) A trajetória da evangelização da juventudena Igreja; 3°) Documento 85 da CNBB, que se centra na formação pastoral para o trabalho da Igreja com os jovens.
Sobre o primeiro tema, discutiu-se a realidade da juventude, caracterizada por certas visões “negativas”, como “problema”,“solução”, “sujeito privilegiado”. Uma frase de dom José Mauro Pereira Bastos (in memorian), o bispo da juventude, resume bem essa parte do estudo. “Esta é a juventude que caminha pelo Brasil, buscando ingressar e contribuir na sociedade, lutando por seu espaço, gritando pelos seus direitos. Uma juventude muitas vezes usada, manipulada, rotulada negativamente pelos meios de comunicação, mas que traz consigo imensos valores, como o entusiasmo, a coragem, a ousadia e alegria contagiante da própria juventude. Uma juventude sempre aberta e constantemente em busca, que interpela a Igreja, como aquele jovem que de joelhos interroga Jesus: Bom Mestre, que farei para alcançar a vida eterna?”
Num segundo momento, olhou-se para a trajetória histórica da evangelização da juventude na Igreja, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II (1965), com as Conferências Latino-Americanas. A Conferência de Medellín, por exemplo, olhou para a juventude como novo corpo social e força de pressão. Em Puebla (1979), fez opção preferencial pelos pobres e pelos jovens; na Conferência de Santo Domingo (1992), reafirmou a opção pelos jovens, efetivamente, por meio de uma pastoral da juventude orgânica, com acompanhamento, apoio e diálogo. Por fim, a Conferência de Aparecida (2007) afirma que os jovens representam enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja, como discípulos-missionários.
No último momento, destacou-se alguns pontos do Documento 85 da CNBB que diz respeito à evangelização da juventude; com esse documento a Igreja quis renovar a opção pela juventude; colaborar com a pluralidade de pastorais, grupos, movimentos e serviços missionários. A Igreja deseja, ainda, jovens sujeitos e protagonistas da evangelização; favorecer o seu desenvolvimento através da formação integral; ser sinal e portadora do amor de Deus. A evangelização exige: testemunho de vida, anúncio de Jesus e adesão a Ele, adesão à comunidade.
Estudando sobre esse Documento, os padres, seminaristas e religiosas olharam para PJ da diocese de Guanhães, suas conquistas e desafios até aqui, além de motivados pelo profundo estudo, traçaram algumas metas a fim de que o trabalho da Pastoral da Juventude seja mais dinamizado e fecundo na diocese.
André Lomba
Contato:seminaristandre@hotmail.com
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