PADROEIRA

HISTÓRIA DA PADROEIRA 
A chegada de Nossa Senhora Mãe dos Homens a Materlândia


A devoção à Santíssima Virgem Maria, invocada como Nossa Senhora Mãe dos Homens, surgiu em Portugal, no século XVIII. Foi iniciada por Frei João de Nossa Senhora, do Convento de São Francisco das Chagas, em Xabregas, um bairro de Lisboa.
Frei João era um exímio pregador, um verdadeiro literato, chegando a ser conhecido como “o poeta de Xabregas”. Com essa facilidade de oratória, pregava sempre e em todo canto, empunhando sempre um crucifixo em suas mãos, convocando o povo à conversão e à volta para Deus por meio de Maria, a Senhora Mãe dos Homens.

A imagem, desejada pelo iniciador da devoção e esculpida por José de Almeida, apresentava a Virgem Maria, medindo seis palmos de altura, com a mão direita erguida abençoando. E, no braço esquerdo, o Menino Jesus. Carregando a imagem aonde ia, sempre preocupado com a conversão das pessoas, a todos Frei João ensinava a seguinte jaculatória: “Virgem Mãe de Deus e Mãe dos Homens, lançai-nos a vossa bênção”.

Em 1758, em seu próprio Convento, na cidade de Lisboa, Frei João de Nossa Senhora faleceu santamente, deixando atrás de si uma multidão de devotos de Nossa Senhora Mãe dos Homens e um legado que dali se expandiria por vários lugares do mundo. Esta devoção chegou, segundo alguns relatos, ao Brasil trazida pelo Irmão Lourenço de Nossa Senhora, que fundou a Ermida e o Hospício de Nossa Senhora Mãe dos Homens, no ano 1774.

Com o desenvolvimento de seu Santuário e a crescente devoção à Senhora Mãe dos Homens, o Irmão Lourenço fundou também a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens, aprovada por um Breve do Papa Pio VI, no dia 12 de agosto de 1791.

No entanto, no Rio de Janeiro (RJ), em 1750, havia um oratório dedicado à Mãe dos Homens, nas proximidades do canto da Quitanda dos Pretos, da Quitanda do Marisco, do Capitão Alexandre de Castro, e mais tarde de Pero Domingues. Esses oratórios eram construídos e mantidos por particulares e muito respeitados e reverenciados pelo povo. Não eram igrejas mas, como o próprio nome diz, um oratório. Havia também oratórios cravados em muros, feitos de pedras e nas praças da cidade. A Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, do Rio de Janeiro, por sua vez, só começou a ser erguida depois de 1779, quando foi feita a medição do terreno e a previsão de gastos para a cantaria da fachada e o interior do templo. Nesta data, a primitiva Ermida do Caraça, toda barroca, já estava pronta e com licença para ser abençoada.

No Brasil, há pouquíssimas igrejas dedicadas a Nossa Senhora Mãe dos Homens: pelo menos, 16 igrejas, dentre as quais a antiga Igreja localizada na Rua da Alfândega no Rio de Janeiro (RJ). As demais Igrejas de que se tem notícia estão no Caraça, em Porto Feliz (SP), Urubici (SC), Ouro Branco (MG), Belo Horizonte (MG), Materlândia (MG), Campos dos Goytacazes (RJ), Cuiabá (MT), Estrela do Sul (MG), Coqueiro Seco (AL), Palmas de Monte Alto (BA), João Câmara (RN), Iúna (ES), Santo Afonso (MT), Araranguá (SC) e Água Santa de Minas – Tombos (MG).

A chegada de Nossa Senhora Mãe dos Homens a Materlândia

Morava no Caraça o irmão Lourenço de Nossa Senhora, que era missionário. Por ser missionário, andava pelas cidades e arraial pregando missão e divulgando a devoção à Nossa Senhora Mãe dos Homens. No final do Século XVIII, por volta de 1785, o frei Lourenço visitou Materlândia, e assim aproveitou o momento para divulgar a devoção à Nossa Senhora Mãe dos Homens e possivelmente fez a doação da imagem para o arraial do Turvo Pequeno, que era o nome que Materlândia tinha na época (nome dado por um cientista francês que visitou Materlândia em 1817). A imagem de Materlândia é de madeira, estilo Barroco. Frei Lourenço do Caraça, cidade onde recebeu a devoção à Nossa Senhora Mãe dos Homens, vinda de Portugal, e que possivelmente fez a doação da imagem de Materlândia, faleceu com mais de 100 anos de idade no ano de 1819. Até 1938, Materlândia pertencia ao Serro. De 1938 a 1963 pertenceu a Rio Vermelho. Em 1963, houve a emancipação.

Vários padres trabalharam em Materlândia, dentre eles podemos citar:

Padre Marcelino, padre Teófilo Vieira de Andrade, padre Francisco de Paula Câmara, padre José Amantino dos Santos, padre Geraldo Anadir Brandão, padre Geraldo Vieira Gusmão (hoje Dom Gusmão), padre Leonardo de Miranda Pereira (hoje Dom Leonardo), padre Raymundo Lisboa, padre Antônio Guido Flecha, padre Raul Melo, padre Elair Sales Diniz, monsenhor José Batista dos Santos, padre José Carlos de Paula Araújo, padre Pedro João Daalhuizen, padre Osvanil do Nascimento, padre José Aparecido dos Santos, padre Derci da Silva, padre Dilton Maria Pinto, padre Valter Guedes de Oliveira, sendo que mais tarde, a mesma foi administrada pelo Diácono Ivanir Rodrigues e posteriormente como padre Ivanir Rodrigues. Com sua transferência do mesmo,  a paróquia ganha um novo administrador paroquial, o padre José Adriano Barbosa dos Santos até à atualidade.

Lourentino Rita

Pesquisador
Igreja Matriz antiga.


Laurentino Rita (Pesquisador)

A devoção à Santíssima Virgem Maria, invocada como Nossa Senhora Mãe dos Homens, surgiu em Portugal, no século XVIII. Foi iniciada por Frei João de Nossa Senhora, do Convento de São Francisco das Chagas, em Xabregas, um bairro de Lisboa.
Frei João era um exímio pregador, um verdadeiro literato, chegando a ser conhecido como “o poeta de Xabregas”. Com essa facilidade de oratória, pregava sempre e em todo canto, empunhando sempre um crucifixo em suas mãos, convocando o povo à conversão e à volta para Deus por meio de Maria, a Senhora Mãe dos Homens.
A imagem, desejada pelo iniciador da devoção e esculpida por José de Almeida, apresentava a Virgem Maria, medindo seis palmos de altura, com a mão direita erguida abençoando. E, no braço esquerdo, o Menino Jesus. Carregando a imagem aonde ia, sempre preocupado com a conversão das pessoas, a todos Frei João ensinava a seguinte jaculatória: “Virgem Mãe de Deus e Mãe dos Homens, lançai-nos a vossa bênção”.          
Em 1758, em seu próprio Convento, na cidade de Lisboa, Frei João de Nossa Senhora faleceu santamente, deixando atrás de si uma multidão de devotos de Nossa Senhora Mãe dos Homens e um legado que dali se expandiria por vários lugares do mundo. Esta devoção chegou, segundo alguns relatos, ao Brasil trazida pelo Irmão Lourenço de Nossa Senhora, que fundou a Ermida e o Hospício de Nossa Senhora Mãe dos Homens, no ano 1774.
Com o desenvolvimento de seu Santuário e a crescente devoção à Senhora Mãe dos Homens, o Irmão Lourenço fundou também a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens, aprovada por um Breve do Papa Pio VI, no dia 12 de agosto de 1791.
No entanto, no Rio de Janeiro (RJ), em 1750, havia um oratório dedicado à Mãe dos Homens, nas proximidades do canto da Quitanda dos Pretos, da Quitanda do Marisco, do Capitão Alexandre de Castro, e mais tarde de Pero Domingues. Esses oratórios eram construídos e mantidos por particulares e muito respeitados e reverenciados pelo povo. Não eram igrejas mas, como o próprio nome diz, um oratório. Havia também oratórios cravados em muros, feitos de pedras e nas praças da cidade. A Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, do Rio de Janeiro, por sua vez, só começou a ser erguida depois de 1779, quando foi feita a medição do terreno e a previsão de gastos para a cantaria da fachada e o interior do templo. Nesta data, a primitiva Ermida do Caraça, toda barroca, já estava pronta e com licença para ser abençoada.
Nossa Senhora Mãe dos Homens é uma reverência a mãe de Cristo pertencente à Igreja Católica.
Sua origem remonta à Portugal, surgida em Lisboa. Veio para o Brasil devido à fuga de um devoto conhecido como Irmão Lourenço, haja vista a forte perseguição do Marquês de Pombal à sua família Távora.
No Brasil, a reverência de Nossa Senhora Mãe dos Homens deu origem a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens, bem como a igrejas de grande valor cultural e histórico referentes à história do Brasil no período colonial e imperial.
A Igreja da ordem, no Rio de Janeiro, encontra-se tombada pelo Iphan - Instituto de Patrimônio Cultural desde 15 de julho de 1938. A grande beleza da Igreja e a rica cultura do local contrastam com a dificuldade financeira em manter e reformar sua estrutura antiga devido à falta de apoio do Governo e de entidades particulares.
A invocação a Maria, mãe de Cristo, surgiu no convento de São Francisco das Chagas, no bairro de Xabregas, em Lisboa.
Igreja Matriz atual.
A devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens chegou depois do século XVIII trazida por um personagem envolto em mistério, o Irmão Lourenço, um membro fugitivo da família Távora, perseguida cruelmente pelo Marquês de Pombal por razões políticas.
No Brasil, o Irmão Lourenço adquiriu terras na Serra do Caraça, em Minas Gerais, onde fundou o Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Lourenço construiu também, em 1774, a primeira capela. No mesmo local, posteriormente, foi construído o Colégio do Caraça, que educou por varias décadas grande número grande numero de jovens brasileiros. Após um incêndio de grande vulto, somente a ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens permaneceu intacta.
Hoje obtém-se ainda a irmandade de N. Sra Mãe dos homens  bem como a devoção à N. S. Mãe dos Homens. No Rio de Janeiro , a Igreja permanece aberta à visitação com rotina de missas, confissões e casamento. E também outras cidades vieram Maria como Mãe dos Homens: Caraça e Materlândia que é sede paroquial.
Apesar do tombamento pelo Iphan, no Rio de Janeiro, inexiste qualquer tipo de ajuda para a preservação da Igreja. A negligência do Poder público e a ausência de patrocínio particular ameaçam patrimônio cultural do país, deixando a cargo da própria comunidade da Igreja e de seus fiéis a preservação da Igreja com parcos recursos.

No Brasil, há pouquíssimas igrejas dedicadas a Nossa Senhora Mãe dos Homens: pelo menos, 16 igrejas, dentre as quais a antiga Igreja localizada na Rua da Alfândega no Rio de Janeiro (RJ). As demais Igrejas de que se tem notícia estão no Caraça, em Porto Feliz (SP), Urubici (SC), Ouro Branco (MG), Belo Horizonte (MG), Materlândia (MG), Campos dos Goytacazes (RJ), Cuiabá (MT), Estrela do Sul (MG), Coqueiro Seco (AL), Palmas de Monte Alto (BA), João Câmara (RN), Iúna (ES), Santo Afonso (MT), Araranguá (SC) e Água Santa de Minas – Tombos (MG).